Como o Reno pode tornar-se a fonte do futuro

Quando o rio se torna a fonte

Em tempos de alterações climáticas, de secas crescentes e de aumento do stress térmico, os fornecedores de água potável estão sob pressão, mesmo em regiões ricas em água como a Alemanha. Os meses de verão, em particular, estão a levar as infra-estruturas ao limite. Na região de Vorderpfalz, está agora a ser discutido um projeto ambicioso que abre novos caminhos no abastecimento de água potável: a utilização da água do Reno através do chamado filtrado das margens.

O desafio: abastecimento de água em transição

Períodos de seca mais longos, ondas de calor mais frequentes e estagnação da recarga dos lençóis freáticos - estas são apenas algumas das consequências das alterações climáticas que estão a pôr cada vez mais em causa o nosso abastecimento de água. Nos últimos anos, foram observados aumentos significativamente mais baixos das águas subterrâneas na Renânia-Palatinado. Embora os níveis de água ainda sejam suficientes em muitos sítios, esta situação pode mudar a longo prazo.

Em cidades como Ludwigshafen, as bombas de água funcionam 24 horas por dia nos dias quentes de verão. Esta carga constante não só reduz a vida útil da tecnologia, como também coloca desafios organizacionais aos fornecedores. Por isso, a atenção centra-se cada vez mais em fontes alternativas.

Filtrado bancário como solução?

Uma forma de preparar a extração de água para o futuro é utilizar o chamado filtrado das margens. Trata-se de água do rio que já está parcialmente purificada por filtração natural no solo, a caminho do poço. Em combinação com a água subterrânea, isto cria uma nova fonte de água potável - tecnicamente viável, mas com desafios.

A Technische Werke Ludwigshafen (TWL) está atualmente a analisar a viabilidade de uma estação de tratamento de água no Reno, juntamente com dez outros fornecedores da região. O objetivo é cobrir, no futuro, até 20% das necessidades de água potável da região com água do Reno.

Riscos e desafios

Apesar do seu potencial, o filtrado dos bancos tem de ser tratado de forma muito mais intensiva do que a água subterrânea pura. Os resíduos químicos, as substâncias vestigiais e os micropoluentes exigem tecnologias de tratamento modernas - como a utilização de carvão ativado ou de ozono. Os aspectos ambientais e ecossistémicos também desempenham um papel importante: que impacto teria uma fábrica deste tipo nas paisagens vizinhas? E que quantidade de água pode ser extraída de forma sustentável do Reno?

Criação de redes em vez de soluções isoladas

Para além da extração efectiva de água, é crucial uma outra abordagem: o aumento da ligação em rede dos fornecedores de água. Novas condutas deverão ajudar a distribuir melhor os picos de carga e a amortecer as falhas. A ideia não é nova, mas a sua implementação numa rede é um progresso com visão - especialmente tendo em conta os futuros conflitos de utilização entre a agricultura, a indústria e as famílias.

Um olhar sobre o futuro

Resta saber se as obras hidráulicas no Reno serão efetivamente realizadas. Atualmente, está a ser realizado um estudo de viabilidade exaustivo para esclarecer os custos, as consequências ecológicas e os requisitos técnicos envolvidos. No entanto, uma coisa é certa: a preparação para eventuais condições climatéricas extremas não é um luxo, mas uma medida de precaução necessária.

Porque se não planearmos hoje, podemos enfrentar sérios estrangulamentos de fornecimento amanhã. Ou, como bem disse um gestor de projectos: "É melhor gastar dinheiro com previsão do que ser acusado de não ter agido."


A nossa contribuição para o SebaKMT®

Como especialista em tecnologia moderna de monitorização de fugas e redes, a SebaKMT® apoia os fornecedores de água em todo o mundo na minimização das perdas, na gestão eficiente das redes e no aumento da segurança do abastecimento - especialmente em tempos de mudança. Com sistemas inteligentes como o SmartEAR® e o POSEYEDON®, estamos a dar um contributo importante para o abastecimento sustentável de água potável do futuro.